Experimentos com a aplicação de LLMs no processo de montagem de uma carteira de investimento globalmente diversificada

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Não possuo nenhuma credencial de analista de investimento. O conteúdo dessa página não se trata de uma sugestão de investimento. Não me responsabilizo pelas consequências de colocar o conteúdo a seguir em prática.

Em abril de 2025 o presidente dos Estados Unidos anunciou que aplicaria taxas de importação de 10% para todos os países visando aquecer a indústria interna, esperando trazer fábricas para produção em território norte-americano.

A reação do mercado após o anúncio se manifestou em forma de queda nos principais indices da bolsa de valores dos Estados Unidos e também dos países com forte dependência da demanda por importação vindas do mercado norte-americano.

Foi nesse cenário de incerteza, medo e desespero por parte de especuladores, que enxerguei uma ótima oportunidade para diversificar a alocação do meu patrimônio, que até o momento estava majoritariamente alocado no mercado brasileiro e norte-americano. Com a maioria dos indices de mercados afetados, uns mais que outros e, o rearranjo do cenário geopolítico plotando mudanças dado ao caminho natural dos países mais prejudicados a se alinharem com potências favoráveis ao multilateralismo, como a China. Decidi me expor a essa nova (em construção) configuração de mercado onde os Estados Unidos perde protagonismo em favor da China.

Mas como nenhum provável cenário é garantido, busquei me posicionar para diversificar a alocação dos meus investimentos entre os principais mercados do mundo sendo eles:

Foi uma decisão tomada tendo como base a expectativa de que o atual presidente dos EUA não vai ser presidente para sempre e que a degradação da sua popularidade vai forçar passos em direção ao caminho contrário. No pior dos cenários o mercado perdido pelos Estados Unidos vai ser absorvido por outro país ao qual eu também estaria exposto a absorver o crescimento dado a premissa da diversificação no novo plano de realocação dos investimentos. No possível cenário de isolamento do mercado norte-americano, a nova configuração da carteira de investimento não deixa de considerar o seu tamanho e reserva também a sua porção de alocação.

Dado esse cenário defini uma estratégia muito básica, mas bastante sólida. Pensei em montar uma carteira com ativos focados nos principais indices do mercado das principais potências e continentes. A decisão do quanto seria distribuído para cada ETF foi tomada tendo como base o tamanho da participação do país ou região no mercado mundial.

Essa foi a resposta da LLM quando pedi para que montasse um plano de alocação para uma carteira diversificada mundialmente visando estabilidade e crescimento no longo prazo e, visando principalmente a diversificação:

  1. Estados Unidos: Aproximadamente 55% a 60% da carteira. O mercado americano é o maior do mundo, então ele tem o maior peso.
  2. Europa (Reino Unido, França, Alemanha, etc.): Juntos, os mercados europeus costumam representar algo em torno de 15% a 20% da carteira.
  3. Japão: Cerca de 6% a 8%. O Japão tem um mercado bem desenvolvido e relevante.
  4. China: Aproximadamente 4% a 5%, refletindo o crescimento e a importância do mercado chinês.
  5. Outros Mercados Emergentes (Índia, Brasil, etc.): Aproximadamente 10% a 15% no total.
  6. Outros Países Desenvolvidos (Canadá, Austrália, Coreia do Sul, etc.): Juntos, cerca de 5% a 10%.

Em seguida pedi para que me desse sugestões de quais ETFs melhor representavam a resposta anterior. Tivemos o seguinte resultado:

  1. Estados Unidos:
    • SPY (SPDR S&P 500 ETF): Rastreia o S&P 500, que cobre as maiores empresas americanas.
    • VTI (Vanguard Total Stock Market ETF): Abrange o mercado de ações dos EUA como um todo.
  2. Europa:
    • IEV (iShares Europe ETF): Oferece exposição a grandes e médias empresas européias.
    • VGK (Vanguard FTSE Europe ETF): Outro ETF que cobre um amplo espectro do mercado europeu.
  3. Japão
    • EWJ (iShares MSCI Japan ETF): Focado no mercado japonês.
  4. China:
    • MCHI (iShares MSCI China ETF): Oferece exposição às principais empresas chinesas.
    • FXI (iShares China Large-Cap ETF): Focado nas maiores empresas chinesas.
  5. Mercados Emergentes:
    • EEM (iShares MSCI Emerging Markets ETF): Cobre uma ampla gama de mercados emergentes, incluindo Brasil, Índia e outros.
    • VWO (Vanguard FTSE Emerging Markets ETF): Outro ETF bem conhecido para mercados emergentes.
  6. Outros Países Desenvolvidos:
    • EFA (iShares MSCI EAFE ETF): Abrange mercados desenvolvidos fora da América do Norte, incluindo Europa, Austrália e Japão.
    • EA (Vanguard FTSE Developed Markets ETF): Similar ao EFA, com foco em mercados desenvolvidos fora dos EUA.

Limitei-me a escolher 1 ativo para cada um dos 6 mercados sugeridos.

Nos meses seguintes fiz aportes buscando sempre equilibrar a carteira para seguir o percentual de alocação sugerido pela LLM.

Até que chegamos ao mês de setembro de 2025 com uma rentabilidade de 14% em 6 meses, isso é equivalente a um pouco mais de 2% por mês (em dólar). E ainda recebemos $14,82 dólares em dividendos.

Gráfico de rentabilidade da carteira nos últimos 6 meses:

Rentabilidade

Carteira de Investimento com os ativos e as suas respectivas rentabilidades:

Rentabilidade

Published: 2025-09-27

Tagged: Automação Investimento LLM (Large Language Model

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